segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Expressarte Verbalizando- O Início

Antes de ser EXPRESSARTE VERBALIZANDO, era somente VERBALIZANDO.
Aonde? Quando? Porque?
Iniciei minha jornada no CEWO em 1987. Lá juntamente com Ivan de Oliveira formei grupos memoráveis e sofremos muito nesta batalha de ser artista em São Gonçalo, até 2002 aproximadamente participei do Grupo Só Isso e + Nada (reformulado posteriormente, tornando-se Luminous). 

Era uma luta insana para podermos ir a FETAERJ. Não havia grana! Recordo-me de na Câmara de vereadores passarmos livro de ouro para pagarmos filiação e transporte. Que tormento! Uma vez Ivan me segurou por que eu estava me estressando com um vereador que dizia que nós, artistas de São Gonçalo tínhamos uma Fundação de Artes que nos respaldava. Como se nós, simples mortais e não envolvidos com a elite cultural do ex prefeito Charles fossemos respaldados em alguma coisa.

Em 1996, no mexe-mexe da Animação Cultural fui trabalhar no Colégio Estadual Lauro Corrêa. Unidade Escolar incrível! Alunos amigos e talentosos, uma direção maravilhosa. Ali, mesmo com reduzido espaço físico, iniciei uma bela Oficina de Teatro. Apresentávamos no pátio, na biblioteca improvisada.
Um belo dia, a diretora mais que perfeita Lenice Sampaio me sugeriu montar "Morte e Vida na Baía de Guanabara" (que ela havia assistido com Animadores Culturais alguns anos antes) com os alunos. Achei um desafio imenso, pois mesmo com adultos havia sido complicado de montar, mas aceitei. Meu maior receio era para o aluno-ator que fosse interpretar o papel de Severino; o mais experiente entre eles não pôde. Pegamos um bagunceirérrimo para o teste; Carlos Horst! Com 10 ou 11 anos, o menino foi de um brilho que incentivou todos os demais! Era um menino que faria a festa em qualquer novela da Globo.
Época boa! Alunos memoráveis; Cíntia de musa garça, Tatiana de Madame Poluição, Thamires, Orelha, Elisa, Katia, Erika, Dudu, Clóvis, Aline, Gillyene, Jessica, Eliane (a faz tudo em cena!).
Com o auxílio de ouro do professor Monclair Sampaio montamos um espetáculo lindo e os convites surgiam em massa.
Numa apresentação no PDBG, chegamos ao Teatro Odylo Costa Filho na UERJ como "que bonitinho, as crianças farão uma pecinha" e saimos como astros! A "pecinha" era um espetáculo!
Dia desses vieram me falar que nos assistiram em um video para uma turma de geografia da UERJ/FFP. Até no Globo Ecologia fomos parar. 

Tempos difíceis para a Animação Cultural, mas o trabalho não deixou de ser realizado. Fomos relapsos em não arquivar tudo que fizemos, muitas vezes sequer eramos citados enquanto terceiros ficavam com os louros e influências políticas sobre nosso trabalho que encantava a todos. Vivendo e aprendendo.
Em mais um mexe-mexe de lotação do estado fui forçado a deixar a escola e ir para outra. Fiquei seis meses até surgiu a oportunidade de ficar lotado no Colégio Estadual Walter Orlandini (pertinho de minha residência) em 2003. Os laços com o Lauro Corrêa não haviam sido desatados (e não foram até hoje, penso). A união de talentos dessas duas escolas deu origem ao Expressarte Verbalizando.

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