terça-feira, 31 de janeiro de 2012

                                                               Caráter!


Seja o que você for, mas seja uma pessoa de caráter e meça muito bem suas palavras para poder honrá-las!

Em tudo que faço, dedico-me de corpo e alma. Entro doente em cena e dou tudo de mim nos momentos de magia entre o ator e a platéia.

Hoje tive de optar em me demitir por não querer estar em cena com uma pessoa que tem muita areia a comer para estar no meu nível. Uma pessoa que aconselhei várias vezes a fechar a boca para não criar clima e ser considerada nociva. Infelizmente, especulou, fez grupinhos, deu pintas, tentou me intimidar... Resultado? Não me teria como colega de cena outra vez! Dou muito valor ao ar que respiro e não ganhava um salário hollywoodiano para tamanho mau cheiro. Levei pencas de atores para não desfalcar o elenco da Cia aonde trabalhava.

Pessoas esforçadas, pessoas talentosas, pessoas respeitosas, pessoas que cumpriam as obrigações às quais se propuseram.

E pela minhas costas, alguém que se dizia meu amigo veio hoje me impor voltar a lidar com esta pessoa que tomei asco!

Não sou o melhor ator do mundo! Tenho muito a aprender. Mas em determinados convívios posso sem falsa modéstia dizer; absolutamente top! E não só em cena! Fora também. Acredito demais em talento, dedicação e disciplina. Sei que o artista não é como alguém que trabalha em outras áreas. Somos diferentes! Mas havemos de ter simplicidade, palavra e caráter.

Foi o fim de uma era! Não mais mágoas extremas, não mais tolas rivalidades, não mais indignação, não mais ser pára-raios, não mais humilhações!

Vou construir o que é nosso agora! Com as pessoas que compartilham a minha fé cênica! Sem preconceitos!

Vai ser uma batalha! Mas quando se está com quem se confia, o peso é menor! Que Dionísio nos ilumine e Deus dê sua benção!

domingo, 29 de janeiro de 2012

                                                 Fonte de Inspiração


Muitas são as fontes de inspiração para o artista. Amor, amizade, revolta, indignação, enfim...
Como alguém que já escreveu alguns textos (dom atualmente adormecido) já percorri diversas fontes. Há o escrever técnico, por necessidade também, mas este não me absorve tanto quanto estar com minha emoção fluindo pelas minhas mãos e mente.

Mas em TODOS os meus momentos de criação está sempre minha fonte auditiva inseparável; BARBRA STREISAND!


Artista consagrada em várias áreas, a única a receber prêmios nas principais categorias de entretenimento; teatro, cinema, TV e música.

Orfã de pai aos 11 meses, de família pobre e de uma aparência nada peculiar, Barbra driblou todos os "nãos" de sua jornada para se tornar uma recordista do mundo da arte.
No início queria apenas ser atriz, mas sua aparência extremamente judia a privava de grandes chances. Vivia na dureza do artista amador, comendo e dormindo de favor em apartamentos de amigos, até que foi ouvida cantando no banheiro e sugerida a participar de um concurso de variedades em uma boate no Village com seu canto.
E este canto lhe abriu todas as portas!
Virou queridinha da Broadway com "Funny Girl"

(que lhe daria o Oscar de melhor atriz anos deois), lançou seu primeiro disco solo "The Barbra Streisand Album" (que lhe rendeu seus primeiros Grammy) e ganhou seu primeiro especial de TV.

Do início da década de 60 até hoje foram incontáveis as vitórias. Foi também a primeira mulher a simultaneamente produzir, dirigir, escrever e atuar em um filme ("Yentl", de 1983).

Com tanto trabalho, Barbra também sempre defendeu com unhas e dentes as causas que acredita, sejam políticas ou filantrópicas.

Ouvir suas interpretações nos coloca no sentimento da música. Por isso e por muito mais, Barbra é o som que acalenta sempre minhas inspirações.

sábado, 28 de janeiro de 2012

                                               Meus queridos perfumes.

Após adquirir o Organza, prossegui em minha busca pelo meu cheiro ideal.
Fui apresentado ao Samsara de Guerlain. Paixão. Forte e extremamente sensual. Fixação mil!Floral oriental, com notas de jasmim, sândalo, rosa, narciso e baunilha. Extremamente elogiado.

Buscando fragrâncias menos quentes para nosso clima descobri o Very Irresistible Sensual de Givenchy, um perfume digamos mais moderno que me dominou por um bom tempo. Floral sensual, esta fragrância foi criada a partir de cinco rosas: a elegância da rosa Centifólia, a audácia da rosa Peônia, a espontaneidade da rosa Fantasia, a sensualidade da rosa Emoção e intensidade da rosa Paixão. E, no coração desse maravilhoso bouquet, a rainha de todas as flores: a rosa Liv Tyler. É um bouquet de rosas modernas e possui uma linha aromática que é uma combinação de anis estrelado com um toque de folhas de verbena.

Voltando a Guerlain, My Insolense foi uma delícia. Deixava rastro mas por um curto período me deu dor de cabeça (acho por que não sabia dosar as borrifadas), coisa de estreante no mundo da perfumaria. Uma espiral olfativa que começa com frescor e se converte em uma deliciosa adição: com notas frescas de framboesa cintilante, com notas irisadas de jasmim com amêndoas, e com notas aromáticas de patchouli, baunilha e fava tonka.
Após estas descobertas olfativas, o vício pelos perfumes aumentou gradativamente e brevemente virei aqui confessá-lo.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O tempo pode promover a distância mas nunca o esquecimento.

Parte II

Amo de paixão The Vampire Diaries!
 

Uma trama de mistério, amor e sobrenatural muito bem composta com um elenco lindíssimo, músicas envolventes e sempre um gostinho de quero mais. Fico ansioso a cada episódio.
Assim como amo, a cada ano, os novos grupos que trabalham comigo.
Mas agora é hora de lembrar The Originals;
 

Este título na verdade deveria ser dado à Eliane Santana, Cíntia Azeredo, Carlos Horst, Aline Lopes, Clóvis Struchell, Gillyene Louback e tantos outros que participaram do início do Verbalizando lá na década de 90. Mas achar fotos daquele período está difícil.

Deixarei então, que os que me receberam no CEWO em 2003 sejam Os Originais.
 

Numa época aonde a lambaeróbica era o tchan! Corpos sarados e letras vazias.
Cheguei ao CEWO com minhas Oficinas de Teatro, estranhas para muitos que dançavam por dançar (anos depois o professor William e a galera do Atitude tornaram a dança em um trabalho mais embasado e consciente).

Foram ousados os que se aventuravam em uma Oficina de Teatro. Textos? Era um desafio imenso para aquela galera acostumada apenas a curtir a linguagem corporal. Sou extremamente grato a esses ousados que me deram a chance de ser cativado por eles e pelo trabalho.

Comecemos pelo primeiro a se inscrever em uma Oficina; Douglas Gonçalves.
 O único rapaz de um grupo de sete alunos, sempre muito dedicado e assíduo. Perspicaz, soube diagnosticar suas carências (como a leitura) e estar sempre um passo a frente. Como Loko de "Canção da Liberdade" foi referência durante anos. Hoje continua fazendo teatro, em sua igreja aonde dirige seu grupo.

Rogério Pereira foi de início um susto. Pensei; "este bombado entrou na oficina para torrar minha paciência!". Ledo engano meu! Rogério era faminto por se aperfeiçoar. Chegou a ir de clandestino para Angra dos Reis para assistir ao Festival da Fetaerj. Seu personagem Juninho Magrinho foi um deleite total.

Flavia Santana e Silvia dos Santos; Flávia veio do mesmo grupo de Douglas Gonçalves, muito pequenininha, virou uma gigante quando teve que, encima da hora, interpretar a Fortunata de "Canção da Liberdade". Já Silvia eu roubei das oficinas de pátina de Elaine Mira. Após ir nos assistir em uma apresentação beneficente de "Chocolatela", Silvia foi conquistada pela trupe. Sorte nossa.

Midian Santos era de uma oficina e, em um improviso que teve de cantar me arrepiou todo! Adoro me arrepiar com o canto das pessoas! E Midian cantou e encantou uma geração. De um tom altíssimo, ela foi uma luz nas notas de "Canção da Liberdade".

Luiz Carlos Plácido dançava Broz... Se... se... se, quando entrou para a oficina. Logo depois arrebatou a todos interpretando a poesia "Jesus" em um Festival que organizamos. Foi o primeiro Pedro de minhas montagens de "Bailei na Curva" e era apontado como sucessor de Douglas Gonçalves. Fici aqui devendo uma foto dele menos cheinho.
Vitor Teixeira era aprontador demais. Começou assitindo as oficinas com uma expressão de deboche que me irritava. Quando ia tirá-lo do auditório, ele aderiu ao grupo. Seu Torugo de "Bailei na Curva" era uma figurassa! Quase tão aprontador e engraçado quanto o ator.

Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.


O tempo pode promover a distância mas nunca o esquecimento.
Parte I

Tanto foi o talento que tenho tido a honra de aprender, colaborar e desfrutar que este post será escrito e reescrito por vezes infindáveis!

Ao me lotar no CEWO em 2003, recebi como colega de trabalho Elaine Mira.
Conheciamo-nos muito pouco, porém eu sabia que ela era colega partidária do político que a anos vinha metendo o malho em mim e em meu trabalho (não gostar de mim é plenamente aceitável pois não sou uma pessoa que pode-se rotular de fácil, mas rotular um trabalho sem ao menos estar acompanhando a décadas sua evolução me deixa louco de raiva).

De início pisávamos em ovos, nos conhecendo, nos reconhecendo e diagnosticando.
(Então a raposa apareceu.

``Bom dia``, disse a raposa.

``Bom dia``, o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. ``Quem é você? Você é tão bonita de se olhar.``

``Eu sou uma raposa``, disse a raposa.

``Venha brincar comigo``, propôs o Pequeno Príncipe. ``Eu estou tão triste``.

``Eu não posso brincar com você``, a raposa disse. ``Eu não estou cativada``.

``O que significada isso – cativar?``

``É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam``, disse a raposa. ``Significa estabelecer laços``.

``Sim`` disse a raposa. ``Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas sem você me cativar então nós precisaremos um do outro``.

A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: ``Por favor cativa-me.``

``O que eu devo fazer para cativar você?`` perguntou o Pequeno Príncipe.

Você deve ser muito paciente``. Disse a raposa. ``Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia.``

Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele – ``Oh!`` disse a raposa. ``Eu vou chorar``.

``A culpa é sua``, disse o Pequeno Príncipe, ``mas você mesma quis que eu a cativasse``.

``Adeus``, disse o Pequeno Príncipe.

``Adeus``, disse a raposa. ``E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.``     Saint-Exupéry)

E foi o que realmente aconteceu. Juntos estabelecemos um elo muito bonito e construtivo. Chegavam a pensar que éramos CASADOS!  Elaine era a mãe bondosa  e eu era o cri-cri com nossos filhotes.
Assim como o Pequeno Príncipe, Elaine conseguiu uma oportunidade melhor naquele momento que a Animação Cultural e teve que optar.
Mas o suor, os sorrisos e lágrimas, os aplausos e a sensação de dever cumprido nunca serão apagados!

Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Pequena pausa de divagar sobre o que enche os olhos, os ouvidos. a mente o coração para iluminar um sentido que me deixa hipnotizado; o olfato. Teatro exercita nossos sentidos também. Ao falar do primeiro perfume que muito batalhei e comprei, logo estarei chegando a um lugar comum; o teatro.
Andando no centro do Rio com um amigo de grana, ele parou em uma perfumaria para me apresentar seu cheiro dos sonhos. Experimentei o testador sem muita importância, e acho que ele errou a direção pois não foi em minha pele.  Eu iria conhecer esse cheiro mais tarde.
Durante um bom período estive me apresentando como ator da Cia Erthal no Barra Garden em um número vasto de clássicos infantís. De frente a nossa Barraca-camarim, havia uma perfumaria. A atendente sempre muito simpática com os atores. Um dia pedi e ela me mostrou o perfume que não havia sentido plenamente da primeira vez e; AMOR À PRIMEIRA (ou segunda) vista!
Organza de Givenchy! Floral amadeirado. Suas notas combinam gardênia, ylang-ylang, noz-moscada, baunilha, âmbar, cedro e sândalo. Suei muito mas comprei como meu presente de natal em 2008. Sensualidade total. Fixação perfeita. Um rastro de muita elegância. Ainda o tenho. Por ser muito forte, é preciso bom senso nas borrifadas. Como é bom causar boa impressão pelo cheiro. Principalmente quem, até a presente data, ainda fuma. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

I FESTINCEWO- 2009
Uma tentativa de valorizar o talento de nosso movimento e vaporizar as disputas de ego extremas que aniquilaram os Festivais em São Gonçalo.
Essa foi a força motriz que nos incentivou a realizar o I FESTINCEWO.
Uma homenagem a todos que participaram deste movimento e nunca tiveram a oportunidade de um evento como este.
Tendo Valério Bandeira, Ândrea Cordeiro, Douglas Gonçalves, Luiz Carlos Plácido, Rogério Pereira e Renata Colônia como jurados iniciamos a primeira versão do Festival.
Abrimos com o espetáculo mais ensaiado. Um texto meu que estava engavetado a mais ou menos 3 anos; "Soberano". 

Um elenco decidido e ousado mostrando a onipotência de uma mente frustrada. A vontade de Luiz Fernando Sant'anna, a interpretação cerebral de Barbara Ouverney, o furacão Ludmila Cunha, a emoção de Daiana dos Santos e a juventude de Érica Bezerra, Alex Vieira e Jorge Ferreira faziam o espetáculo completamente favorito. 

Sem falar em Edvan Anra que merece um post a parte neste festival.
"Canção da Liberdade" talvez seja um de meus textos mais montados.

Escrito em 1989, mostra um mundo tão devastado pelo ser humano que só a bomba nuclear seria libertação para os descontentes, amargurados e acomodados.

Um grupo vindo de uma oficina problemática, bagunça, brigas, ego, conseguiu surpreender e mostrar uma plástica belíssima. Jessica Bessa brilhou em cena. Jefferson Alves fez o cobiçado personagen LOKO. Karen dos Anjos fez a calma personagem da amizade e Musa era pouco para a poderosa Beatriz Luna. Thailane Rocha com sua calma e seu inseparável violão. Surprendente!

Seguimos com "No Insight!", filho prematuro que escrevi mas um esforço imenso para mostrar a guerra do artista em busca da inspiração.

Foi muito bom colocar pessoas que não acreditavam que podiam entrar em cena como Pollyana Herdy. Estréia de Luan Chelles e Dionathas Tavares. Barbara Ouverney, Ludmila Cunha e Erika em mais um espetáculo.

Edvan Anra e Paola eram um show só. Uma montagem de muita coragem!


"Bailei na Curva" seria a última apresentação antes do dia da entrega de prêmios.

Um grupo dos "pequenininhos" mesclado com alguns antigos. Iniciaram com todo vapor o espetáculo.

Mas na cena do cinema... Falta luz! Uma, duas, três vezes... Uma tempestade sem precedentes causa um apagão em São Gonçalo. Foi de partir o coração. Auditório lotado e os atores chorrando muito!

Remarcamos para o dia seguinte, antes da entrega de prêmios e eles mais uma vez entraram com pique total.

Deste grupo surgiram alguns que me acompanharam três anos e marcaram uma história de cooperação e talento.

Após uma brilhante Oficina com Ivan de Oliveira e Valério Bandeira, fomos para a entrega de prêmios.

Suziane da Broken Wings deu uma maravilhosa canja com seu canto magistral.

Especial do Juri: A mim pelo movimento (depois soube que, se não fosse para mim, a segunda opção seria para o ator Jonas Soares por seu desempenho em Bailei na Curva e abdiquei voluntariamente do prêmio).
Prêmio Técnico: Guilherme pela luz de No INsight.
Ator Revelação: Patrik por Bailei na Curva.
Atriz Revelação: Barbara Ouverney por Soberano.
Ator Coadjuvante: Diego Sales por Canção da Liberdade.
Atriz Coadjuvante: Daiana dos Santos por Canção da Liberdade.
Melhor Ator: Luiz Fernando Sant'anna por Soberano.
Melhor Atriz: Ludmila Cunha por Soberano.
Melhor Espetáculo: Bailei na Curva.