terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

                                                              Oscar 2012

Qual artista não vislumbrou o glamour do Oscar? Sempre achei emocionante a premiação.
Desde os merecimentos até as injustiças como as que Streisand tem sofrido no boicote quanto a sua direção,

Fernanda Montenegro ter perdido por Central do Brasil,

Lauren Bacall por O Espelho Tem Duas Faces,

entre outras...

Fato é que apenas ser indicada já é o prêmio de uma carreira.

2012 será protagonista de uma disputa emocionante para "Melhor atriz". E as indicadas são;

Glenn Close, por Albert Nobbs;

Meryl Streep, por A Dama de Ferro;

Michelle Williams, por Sete Dias com Marilyn;

Rooney Mara, por Os Homens Que Não Amavam as Mulheres;

e Viola Davis, por Histórias.


And the Oscar goes to...

Provavelmente Meryl Streep que amo e considero a maior atriz viva!
Porém a minha torcida vai para a menos cotada nas pesquisas; Glenn Close!

A conheci em Atração Fatal de 1987 ,

depois a vi em Ligações Perigosas de 1988 .

Pelo youtube a vi brilhar no musical Sunset Boulevard.

Dizem que existe a possibilidade da peça virar filme e Glenn, Barbra Streisand e Meryl Streep cogitadas para a personagem Norma.
O canto de Barbra é o melhor do planeta. Streep é a malhor atriz do planeta.
Mas seria cruel não deixar Glenn Close brilhar nas telas como brilhou nos palcos nesta obra.

Vitórias em Oscar ou Sunset Boulevard à parte, são monstros sagrados da interpretação!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

                                                               Caráter!


Seja o que você for, mas seja uma pessoa de caráter e meça muito bem suas palavras para poder honrá-las!

Em tudo que faço, dedico-me de corpo e alma. Entro doente em cena e dou tudo de mim nos momentos de magia entre o ator e a platéia.

Hoje tive de optar em me demitir por não querer estar em cena com uma pessoa que tem muita areia a comer para estar no meu nível. Uma pessoa que aconselhei várias vezes a fechar a boca para não criar clima e ser considerada nociva. Infelizmente, especulou, fez grupinhos, deu pintas, tentou me intimidar... Resultado? Não me teria como colega de cena outra vez! Dou muito valor ao ar que respiro e não ganhava um salário hollywoodiano para tamanho mau cheiro. Levei pencas de atores para não desfalcar o elenco da Cia aonde trabalhava.

Pessoas esforçadas, pessoas talentosas, pessoas respeitosas, pessoas que cumpriam as obrigações às quais se propuseram.

E pela minhas costas, alguém que se dizia meu amigo veio hoje me impor voltar a lidar com esta pessoa que tomei asco!

Não sou o melhor ator do mundo! Tenho muito a aprender. Mas em determinados convívios posso sem falsa modéstia dizer; absolutamente top! E não só em cena! Fora também. Acredito demais em talento, dedicação e disciplina. Sei que o artista não é como alguém que trabalha em outras áreas. Somos diferentes! Mas havemos de ter simplicidade, palavra e caráter.

Foi o fim de uma era! Não mais mágoas extremas, não mais tolas rivalidades, não mais indignação, não mais ser pára-raios, não mais humilhações!

Vou construir o que é nosso agora! Com as pessoas que compartilham a minha fé cênica! Sem preconceitos!

Vai ser uma batalha! Mas quando se está com quem se confia, o peso é menor! Que Dionísio nos ilumine e Deus dê sua benção!

domingo, 29 de janeiro de 2012

                                                 Fonte de Inspiração


Muitas são as fontes de inspiração para o artista. Amor, amizade, revolta, indignação, enfim...
Como alguém que já escreveu alguns textos (dom atualmente adormecido) já percorri diversas fontes. Há o escrever técnico, por necessidade também, mas este não me absorve tanto quanto estar com minha emoção fluindo pelas minhas mãos e mente.

Mas em TODOS os meus momentos de criação está sempre minha fonte auditiva inseparável; BARBRA STREISAND!


Artista consagrada em várias áreas, a única a receber prêmios nas principais categorias de entretenimento; teatro, cinema, TV e música.

Orfã de pai aos 11 meses, de família pobre e de uma aparência nada peculiar, Barbra driblou todos os "nãos" de sua jornada para se tornar uma recordista do mundo da arte.
No início queria apenas ser atriz, mas sua aparência extremamente judia a privava de grandes chances. Vivia na dureza do artista amador, comendo e dormindo de favor em apartamentos de amigos, até que foi ouvida cantando no banheiro e sugerida a participar de um concurso de variedades em uma boate no Village com seu canto.
E este canto lhe abriu todas as portas!
Virou queridinha da Broadway com "Funny Girl"

(que lhe daria o Oscar de melhor atriz anos deois), lançou seu primeiro disco solo "The Barbra Streisand Album" (que lhe rendeu seus primeiros Grammy) e ganhou seu primeiro especial de TV.

Do início da década de 60 até hoje foram incontáveis as vitórias. Foi também a primeira mulher a simultaneamente produzir, dirigir, escrever e atuar em um filme ("Yentl", de 1983).

Com tanto trabalho, Barbra também sempre defendeu com unhas e dentes as causas que acredita, sejam políticas ou filantrópicas.

Ouvir suas interpretações nos coloca no sentimento da música. Por isso e por muito mais, Barbra é o som que acalenta sempre minhas inspirações.

sábado, 28 de janeiro de 2012

                                               Meus queridos perfumes.

Após adquirir o Organza, prossegui em minha busca pelo meu cheiro ideal.
Fui apresentado ao Samsara de Guerlain. Paixão. Forte e extremamente sensual. Fixação mil!Floral oriental, com notas de jasmim, sândalo, rosa, narciso e baunilha. Extremamente elogiado.

Buscando fragrâncias menos quentes para nosso clima descobri o Very Irresistible Sensual de Givenchy, um perfume digamos mais moderno que me dominou por um bom tempo. Floral sensual, esta fragrância foi criada a partir de cinco rosas: a elegância da rosa Centifólia, a audácia da rosa Peônia, a espontaneidade da rosa Fantasia, a sensualidade da rosa Emoção e intensidade da rosa Paixão. E, no coração desse maravilhoso bouquet, a rainha de todas as flores: a rosa Liv Tyler. É um bouquet de rosas modernas e possui uma linha aromática que é uma combinação de anis estrelado com um toque de folhas de verbena.

Voltando a Guerlain, My Insolense foi uma delícia. Deixava rastro mas por um curto período me deu dor de cabeça (acho por que não sabia dosar as borrifadas), coisa de estreante no mundo da perfumaria. Uma espiral olfativa que começa com frescor e se converte em uma deliciosa adição: com notas frescas de framboesa cintilante, com notas irisadas de jasmim com amêndoas, e com notas aromáticas de patchouli, baunilha e fava tonka.
Após estas descobertas olfativas, o vício pelos perfumes aumentou gradativamente e brevemente virei aqui confessá-lo.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O tempo pode promover a distância mas nunca o esquecimento.

Parte II

Amo de paixão The Vampire Diaries!
 

Uma trama de mistério, amor e sobrenatural muito bem composta com um elenco lindíssimo, músicas envolventes e sempre um gostinho de quero mais. Fico ansioso a cada episódio.
Assim como amo, a cada ano, os novos grupos que trabalham comigo.
Mas agora é hora de lembrar The Originals;
 

Este título na verdade deveria ser dado à Eliane Santana, Cíntia Azeredo, Carlos Horst, Aline Lopes, Clóvis Struchell, Gillyene Louback e tantos outros que participaram do início do Verbalizando lá na década de 90. Mas achar fotos daquele período está difícil.

Deixarei então, que os que me receberam no CEWO em 2003 sejam Os Originais.
 

Numa época aonde a lambaeróbica era o tchan! Corpos sarados e letras vazias.
Cheguei ao CEWO com minhas Oficinas de Teatro, estranhas para muitos que dançavam por dançar (anos depois o professor William e a galera do Atitude tornaram a dança em um trabalho mais embasado e consciente).

Foram ousados os que se aventuravam em uma Oficina de Teatro. Textos? Era um desafio imenso para aquela galera acostumada apenas a curtir a linguagem corporal. Sou extremamente grato a esses ousados que me deram a chance de ser cativado por eles e pelo trabalho.

Comecemos pelo primeiro a se inscrever em uma Oficina; Douglas Gonçalves.
 O único rapaz de um grupo de sete alunos, sempre muito dedicado e assíduo. Perspicaz, soube diagnosticar suas carências (como a leitura) e estar sempre um passo a frente. Como Loko de "Canção da Liberdade" foi referência durante anos. Hoje continua fazendo teatro, em sua igreja aonde dirige seu grupo.

Rogério Pereira foi de início um susto. Pensei; "este bombado entrou na oficina para torrar minha paciência!". Ledo engano meu! Rogério era faminto por se aperfeiçoar. Chegou a ir de clandestino para Angra dos Reis para assistir ao Festival da Fetaerj. Seu personagem Juninho Magrinho foi um deleite total.

Flavia Santana e Silvia dos Santos; Flávia veio do mesmo grupo de Douglas Gonçalves, muito pequenininha, virou uma gigante quando teve que, encima da hora, interpretar a Fortunata de "Canção da Liberdade". Já Silvia eu roubei das oficinas de pátina de Elaine Mira. Após ir nos assistir em uma apresentação beneficente de "Chocolatela", Silvia foi conquistada pela trupe. Sorte nossa.

Midian Santos era de uma oficina e, em um improviso que teve de cantar me arrepiou todo! Adoro me arrepiar com o canto das pessoas! E Midian cantou e encantou uma geração. De um tom altíssimo, ela foi uma luz nas notas de "Canção da Liberdade".

Luiz Carlos Plácido dançava Broz... Se... se... se, quando entrou para a oficina. Logo depois arrebatou a todos interpretando a poesia "Jesus" em um Festival que organizamos. Foi o primeiro Pedro de minhas montagens de "Bailei na Curva" e era apontado como sucessor de Douglas Gonçalves. Fici aqui devendo uma foto dele menos cheinho.
Vitor Teixeira era aprontador demais. Começou assitindo as oficinas com uma expressão de deboche que me irritava. Quando ia tirá-lo do auditório, ele aderiu ao grupo. Seu Torugo de "Bailei na Curva" era uma figurassa! Quase tão aprontador e engraçado quanto o ator.

Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.


O tempo pode promover a distância mas nunca o esquecimento.
Parte I

Tanto foi o talento que tenho tido a honra de aprender, colaborar e desfrutar que este post será escrito e reescrito por vezes infindáveis!

Ao me lotar no CEWO em 2003, recebi como colega de trabalho Elaine Mira.
Conheciamo-nos muito pouco, porém eu sabia que ela era colega partidária do político que a anos vinha metendo o malho em mim e em meu trabalho (não gostar de mim é plenamente aceitável pois não sou uma pessoa que pode-se rotular de fácil, mas rotular um trabalho sem ao menos estar acompanhando a décadas sua evolução me deixa louco de raiva).

De início pisávamos em ovos, nos conhecendo, nos reconhecendo e diagnosticando.
(Então a raposa apareceu.

``Bom dia``, disse a raposa.

``Bom dia``, o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. ``Quem é você? Você é tão bonita de se olhar.``

``Eu sou uma raposa``, disse a raposa.

``Venha brincar comigo``, propôs o Pequeno Príncipe. ``Eu estou tão triste``.

``Eu não posso brincar com você``, a raposa disse. ``Eu não estou cativada``.

``O que significada isso – cativar?``

``É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam``, disse a raposa. ``Significa estabelecer laços``.

``Sim`` disse a raposa. ``Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas sem você me cativar então nós precisaremos um do outro``.

A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: ``Por favor cativa-me.``

``O que eu devo fazer para cativar você?`` perguntou o Pequeno Príncipe.

Você deve ser muito paciente``. Disse a raposa. ``Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia.``

Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele – ``Oh!`` disse a raposa. ``Eu vou chorar``.

``A culpa é sua``, disse o Pequeno Príncipe, ``mas você mesma quis que eu a cativasse``.

``Adeus``, disse o Pequeno Príncipe.

``Adeus``, disse a raposa. ``E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.``     Saint-Exupéry)

E foi o que realmente aconteceu. Juntos estabelecemos um elo muito bonito e construtivo. Chegavam a pensar que éramos CASADOS!  Elaine era a mãe bondosa  e eu era o cri-cri com nossos filhotes.
Assim como o Pequeno Príncipe, Elaine conseguiu uma oportunidade melhor naquele momento que a Animação Cultural e teve que optar.
Mas o suor, os sorrisos e lágrimas, os aplausos e a sensação de dever cumprido nunca serão apagados!

Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Pequena pausa de divagar sobre o que enche os olhos, os ouvidos. a mente o coração para iluminar um sentido que me deixa hipnotizado; o olfato. Teatro exercita nossos sentidos também. Ao falar do primeiro perfume que muito batalhei e comprei, logo estarei chegando a um lugar comum; o teatro.
Andando no centro do Rio com um amigo de grana, ele parou em uma perfumaria para me apresentar seu cheiro dos sonhos. Experimentei o testador sem muita importância, e acho que ele errou a direção pois não foi em minha pele.  Eu iria conhecer esse cheiro mais tarde.
Durante um bom período estive me apresentando como ator da Cia Erthal no Barra Garden em um número vasto de clássicos infantís. De frente a nossa Barraca-camarim, havia uma perfumaria. A atendente sempre muito simpática com os atores. Um dia pedi e ela me mostrou o perfume que não havia sentido plenamente da primeira vez e; AMOR À PRIMEIRA (ou segunda) vista!
Organza de Givenchy! Floral amadeirado. Suas notas combinam gardênia, ylang-ylang, noz-moscada, baunilha, âmbar, cedro e sândalo. Suei muito mas comprei como meu presente de natal em 2008. Sensualidade total. Fixação perfeita. Um rastro de muita elegância. Ainda o tenho. Por ser muito forte, é preciso bom senso nas borrifadas. Como é bom causar boa impressão pelo cheiro. Principalmente quem, até a presente data, ainda fuma.